Kit GNV pode ser instalado em qualquer carro
novembro 14, 2018O Gás Natural Veicular GNV já foi mais popular no Brasil, especialmente se você roda muito. Mas ele ainda gera dúvidas
Muito conhecido entre taxistas e motoristas profissionais, o kit de Gás Natural Veicular, o popular GNV, já foi uma febre no país. Hoje, ele é menos usado nos veículos particulares. Ainda assim, recebemos muitas perguntas de leitores. Pensando isso, o iCarros elaborou uma guia com as principais dúvidas.O que é o GNV?
Sem aditivos ou variações, o Gás Natural Veicular (GNV) é o combustível mais puro encontrado nas bombas dos postos e é também o mais em conta. Ele é encontrado acumulado nas mesmas jazidas de onde se extrai o petróleo. É então encanado e distribuído diretamente para os postos, dificultando a adulteração. Vale lembrar que o GNV (gás natural veicular) é vendido em metros cúbicos (m³). E nunca confunda o GNV com o gás de cozinha (GLP).
Quem pode instalar o GNV?
Hoje não existem mais veículos que saem de fábrica no Brasil aptos a rodar com o gás GNV. Por isso, é preciso procurar uma oficina credenciada para adquirir e instalar o kit. Não existem restrições de marca, modelo, ano ou tipo de carroceria que impeça a instação. O kit pode ser colocado em qualquer veículo, com carburador ou sistema de injeção eletrônica.
Quanto custa instalar o kit GNV?
O kit com a instalação varia de acordo com o tipo a ser usado, já que há diferentes gerações do sistema disponíveis. Em média, varia entre R$ 3.000 e R$ 5.000.
Quanto leva leva a instalação do kit GNV?
Em média, o tempo para fazer a instalação varia de três a sete horas.
Quais são as vantagens do GNV?
Além de ser mais difícil de adulterar, o GNV é mais barato, emite menos poluentes e ainda tem maior rendimento. Por isso ele é mais vantajoso para quem roda bastante. Além disso, alguns Estados brasileiros oferecem desconto no IPVA para os modelos movidos a Gás Natural Veicular. E se o proprietário quiser ou se estiver em uma região sem postos com GNV, ainda é possível abastecer o carro com gasolina ou etanol.
Quanto irei economizar em combustível usando GNV?
Não existe uma conta exata. Porém, o GNV consegue rodar, em média, 30% a mais quando comparado à gasolina e pode chegar a 50% a mais em relação ao etanol. Esses dados dependem do estilo de condução do motorista e do uso do veículo.
Onde instalar o kit GNV?
A instalação deve ser feita em uma oficina autorizada, cuja lista está disponível no site do Inmetro (Instituto Nacional de Normalização, Qualidade e Tecnologia).
Quais são as desvantagens de usar GNV?
É preciso alterar a documentação do veículo, o que gera custos extras (leia mais abaixo), se o veículo for novo haverá perda da garantia de fábrica, o espaço no porta-malas será reduzido para abrigar o cilindro se você deixá-lo dentro do carro e ainda existe uma menor oferta de postos com esse tipo de combustível na hora de abastecer. Além disso, pode haver aumento nos gastos com a manutenção do veículo, já que algumas peças deverão ser substituídas em um prazo menor. Por fim, em alguns modelos, pode ocorrer perda de potência e redução no desempenho.
Como regularizar o documento de um carro com kit gás?
Para adaptar um veículo para o uso do Gás Natural Veícular, primeiro é preciso solicitar a autorização do Detran de seu Estado. Somente com a autorização prévia é que o proprietário pode fazer a instalação. Exija do instalador a nota fiscal do serviço e do kit com a discriminação de todos os componentes instalados.
Após a instalação, o proprietário tem o prazo de cinco dias corridos para realizar a inspeção, que dever ser realizada em um local acreditado pelo Inmetro. Uma vez aprovado, será emitido o Certificado de Segurança Veicular (CSV) e o selo do Inmetro, que poderá ser guardado junto com o documento do veículo ou colado no para-brisa – mas uma vez retirado do para-brisa, o selo é automaticamente destruído.
O passo seguinte é fazer a vistoria no veículo exigida pelo Detran. Com todas essas etapas concluídas, será emitido um novo CRV (Certificado de Registro de Veículo) com a observação de modificação e o que foi alterado, no caso o combustível. E não se esqueça também de que os veículos adaptados para rodar com GNV precisam refazer a inspeção para emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV) anualmente.
Posso instalar o cilindro embaixo do carro?
Isso é permitido segundo as regras do Inmetro, mas há especificações que devem ser seguidas. Em muitos modelos, o cilindro não cabe sob o chassi de forma segura, o que exige que ele seja então instalado dentro do porta-malas.
Onde abastecer um veículo movido a Gás Natural Veicular?
O ideal é sempre abastecer em um posto autorizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), cuja relação está disponível no site.
Quais são os procedimentos corretos na hora de abastecer com GNV?
Primeiro, o frentista deve fazer o aterramento junto à válvula de abastecimento. E as pessoas nunca devem ficar dentro do carro: existe até uma lei que determina que os ocupantes devem sair do carro durante o abastecimento. Os outros procedimentos de segurança são desligar motor, faróis, sistema de som e todos os equipamentos eletrônicos, desligar também o aparelho celular, abrir as portas e o porta-malas e, obviamente, não fumar. Após o abastecimento, verifique se a mangueira de abastecimento foi devidamente desconectada antes de ligar o veículo.
O que fazer se sentir cheiro de gás vazando?
A medida a ser adotada é fechar a válvula do cilindro ou utilizar o dispositivo de corte rápido nos equipamentos que dispõe desse acessório. Procure então imediatamente uma oficina credenciada para fazer a verificação.
Preciso ter gasolina ou etanol no tanque de um carro convertido a GNV?
Sim, porque a partida é feita com gasolina ou etanol e somente após a partida no motor é que o sistema altera para o GNV. Nos veículos com injeção eletrônica, essa operação é automática. Contudo, em motores carburados, essa operação precisa ser feita manualmente, conforme instruções do próprio Inmetro.
E preciso rodar com esses combustíveis embora tenha o GNV?
Sim, é recomendado rodar diariamente pelo menos um a dois quilômetros com combustível líquido para manter a lubrificação e o bom funcionamento do sistema. Nos sistemas mais modernos, essa troca de combustível é feita automaticamente.